sexta-feira, 26 de janeiro de 2007


NÃO PEGUE O SEGUNDO ÔNIBUS
SE VOCÊ PODE PEGAR O PRIMEIRO

Ônibus lotado é um horror. Sem exageros. Às vezes até parece festa divulgada: entra todo mundo, mas não sai ninguém. Qualquer pessoa que está na parada e vê o ônibus chegar quase transbordando, fica completamente perturbada. Primeiro porque espera poder sentar a viagem inteira, em um bom lugar e com uma boa janela. Rápido, de preferência. E segundo, porque ela nem sequer imagina que o seu ônibus possa vir lotado. Pode lotar outra hora, em outro momento, ou com outra pessoa, mas seria muito azar lotar com ela. Mas lota.
Isso sem contar o cobrador falando a frase de praxe: “Circulando, pessoal! Tem espaço lá atrás! Circulando!” Mas eu não tenho paciência de enfrentar aquela massa de gente. Eu sempre finjo que não escuto e desço pela frente.
O pior é quando a gente desiste de pegar um ônibus que já tá lotado, e o próximo vem com 5 vezes mais gente. Mas no meu caso isso não acontece. Até porque com 5 vezes mais gente ele nem para pra mim.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

MAIS UMA DE ÔNIBUS


Agora que eu vi que há umas semanas atrás eu já tinha escrito uma historinha de ônibus. Acontece que eu ando tanto de ônibus que sempre tem alguma coisa pra falar. Pra ser bem sincera, eu ando muito de ônibus, gente. Mas demais mesmo, sabe? E pra ser mais sincera ainda, eu às vezes até mato aula pra andar de ônibus. Eu até tenho a impressão de que todos os motoristas da Carris já me conhecem.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

ÔNIBUS À LA CARTE


Diversas vezes eu entrei no ônibus com um pacote de salgadinho nas mãos. O trajeto quase sempre era longo, então eu sentava no primeiro banco e ia comendo, com a maior calma do mundo. Na hora de pagar a passagem e passar na roleta, tudo o que eu tocava ficava com aquele farelinho amarelo.
Pior ainda foi o dia em que eu peguei um ônibus com um cachorro quente nas mãos. Aquele completo, com batata palha e tudo. Minha nossa... me lembro que a minha fome era gigante, então eu sentei lá no fundo e nem me importei com que os outros estavam pensando. Quando terminei, vi a lambança que eu tinha feito: tinha respingado todo o assento de molho de ketchup! E o pior: os assentos eram aqueles forradinhos, de pano. Tentei limpar, numa tentativa inválida. E desci do ônibus depressa, depois. Não quis nem olhar para os passageiros que estavam do meu lado. Afinal, nesse mundinho tem sempre alguém que vê tudo. E muito bem por sinal.
Mas o dia mais marcante foi na hora do almoço. Eu ia demorar para chegar em casa, então acabei comprando umas bolachinhas para a “viagem”. Sentei e abri o pacotinho. E percebi que eu não era a única! Do meu lado, tinha uma senhora, desembrulhando o papelzinho de uma bala, discretamente – o que não deixa de ser comida. No outro banco, um garotinho, sentado no colo da mãe, comia a mesma coisa que eu no primeiro parágrafo: salgadinho. E para completar, a mãe tirava da sacola, de minuto em minuto, pedacinhos de chocolate! Um verdadeiro restaurante.
Aliás, às vezes eu até penso como seria se um ônibus virasse mesmo um restaurante. É verdade! Já pensaram? Com mesinhas, que nem nos aviões. Haveria cinco refeições: café da manhã, almoço, lanchinho da tarde, janta e uma espécie de ceia, entre meia noite e 6 da manhã. E embaixo de cada banco teria um cardápio. O cobrador cuidaria das contas, e ganharia mais, muito mais. O motorista só teria ordens para abrir as portas se os passageiros pagassem a refeição. E no caso de o ônibus dar um solavanco e a comida cair no chão, o passageiro não precisaria pagar, e receberia outra novinha em folha, gratuitamente!

hahahahaha
Não que eu pense só em comida, como muitos dizem, mas cara!
Tem cada coisa que a gente imagina e vai indo além, além, além...
e quando vê montou uma cena completa!
Eu acho o máximo isso, tô sempre fazendo...